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Escola de Jerusálem

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Visão da Cultura

domingo, novembro 16, 2008

Mumia com Cannabis Sativa

Um grupo de especialistas chineses trabalha dia e noite na dissecação de uma múmia de 2,8 mil anos que foi enterrada com folhas de ganja (maconha), encontrada em terra Chinesas.
O corpo embalsamado do que se acredita ter sido um xamã de entre 50 anos, foi encontrado há três mil anos no oásis de Turpan, no noroeste do país, um importante lugar de passagem no século I a.C, quando a rota da seda atingiu seu ápice.

Até agora, os cientistas nao fizeram estudo da múmia por medo de danificá-la, foi comprovado o mau estado de conservação, pior do que o esperado.

"É um caso especial", disse o diretor do escritório de patrimônio cultural de Turpan, Li Xiao, afirmando que, por enquanto, não foi possível determinar a origem do embalsamamento, embora haja indícios de que diz ele, "era uma pessoa de traços caucasianos".

Mas o que os arqueólogos não conseguiram explicar é como o suposto xamã chegou até Turpan, já que as culturas que conheciam a ganja estavam a milhares de quilômetros segundo "registros".
Para Li, a múmia poderia proceder das zonas do Mar Negro, onde a ganja era usada em cerimônias religiosas e curas já em épocas neolíticas.
Povos que viviam perto desse mar, como os trácios, os escitas, os assírios e os persas, conheciam e utilizavam a ganja.
A cannabis também era utilizada na cultura hindu, e não se descarta a hipótese de que a múmia tenha origem tibetana ou de outros povos do Himalaia, onde alguns estudos relatam que originou-se essa planta com propriedades psicotrópicas, porém está não é a história aqui debatida, não a origem da planta e sim a mumia com a planta.
A possível origem estrangeira da múmia não parece encaixar com o fato de ter sido encontrada em um cemitério coletivo de Turpan, com mais 2 mil tumbas e 600 múmias pertencentes ao local.
Segundo os arqueólogos, os cadáveres correspondem a diferentes épocas, que vão desde a Idade de Bronze até a dinastia Tang (séculos VII-X de nossa era).

Apesar do mau estado da múmia, o professor Li disse na segunda-feira que ela continuará sendo estudada para melhor estudo sobre origens do xamanismo no noroeste da China. Região hoje habitadada por turcos, como os kazajos ou os uigures.
Jia Yingyi, do museu regional da região, afirmou que a múmia tem roupas, botas e chapéu de couro, assim como um manto de tela confeccionada com pedaços de pano triangulares.
Além das folhas de ganja, armazenadas em uma bolsa, foram encontradas, junto ao cadáver embalsamado, grandes jóias de ouro e bronze, além de um colar de turquesas.
Na mão esquerda, o suposto xamã leva um machado de bronze, e na direita, uma vara adornada com tiras de cobre.
A cannabis é conhecida pelos chineses como "dama", por tradução literal, significaria "grande cânhamo".
A medicina tradicional chinesa usou milhares e milhares de ervas ao longo da história, e, por isso, também acredita-se que a planta do cânhamo pode ter sido usada como psicoativo, embora seu uso tenha sido pouco estendido.
Atualmente, a posse e consumo de ganja são proibidos na China.
Na China, muitos dos vendedores de maconha obtêm a planta de cultivos da Ásia Central e, geralmente, são uigures de Xinjiang, justamente a região onde a enigmática múmia foi encontrada
Fonte < http://www.acemprol.com/viewtopic.php?f=16&t=150 >
Editado e postado por Jeffrey Gaspar.

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